Henrique
Mourato completou no passado dia 10 de Maio de 2017, setenta anos de vida e
cinquenta de uma recheada carreira artística, que representa e simboliza muitas
das dimensões criativas da sua longa vida artística:
- o desenho e a pintura,
em primeiro lugar, atividades de formação que se tornariam dominantes, e com as
quais se apresentou em inúmeras exposições em Portugal e no estrangeiro e dos
quais editou livros;
- mas também a gravura,
disciplina que abraçou e na qual inovou;
- a escultura, com a realização
de uma dezena de peças ao ar livre na região de Coimbra;
- e até a azulejaria, em
painéis colocados em vários pontos do país;
- essas várias dimensões plásticas
traduziram-se em cenários e telões para peças de teatro e de
dança;
-
mas também se desdobraram na ilustração de inúmeras capas de livros,
CDs, jornais e revistas, de que é assíduo colaborador.
Henrique
António Afonso Mourato nasceu em Santiago do Cacém, terra do inesquecível
Manuel da Fonseca. Estudou com Manuel Cargaleiro e Artur Bual, que o
introduziram no mundo da experimentação plástica que caracterizou toda a
segunda metade do século XX e a que se tem mantido fiel. Fez a sua primeira
exposição com vinte anos e, desde então, apresentou as suas obras em vários
países da Europa, da Espanha à Polónia, mas também no Brasil e no Japão.
É
conhecida a sua estreita ligação com a ilustração da poesia e de personalidades
poéticas, em especial a de Fernando Pessoa, de quem procurou, nas suas
palavras, «dar perspetivas mais ou menos ortodoxas […] da vida íntima,
marginal, indisciplinada e fingidora do poeta». É também conhecido o gosto
que tem em retratar Autores da Língua Portuguesa.
Venho
desejar que o reconhecimento que tem sido feito, ao longo de décadas, da obra
de Mestre Henrique Mourato, que se materializa na sua presença em numerosos
museus e na edição de livros, possa ser ainda mais aprofundado no futuro junto
de públicos cada vez mais jovens, que têm muito que aprender com a sua
irreverência artística e com o seu grande amor de Artista pela Língua e pela
Literatura!
Um grande
abraço de Parabéns
do Luís
Filipe Castro Mendes
Ministro da
Cultura
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